19.8.04

Todos somos como moedas...

Encontrei-a, a vovó mais querida.
Seus cabelos curtos e finos, lhe davam um ar ainda mais sério. Seu semblante machucado pela vida e seus olhos fixos em mim me fazem confiar nela. Ela me fitou silenciosamente por alguns instantes. Tentei dizer que estava bem, mas meus olhos negaram. Disse-lhe que não gosto do tempo, que ele fere, e muitas vezes demora mais que o necessário para que se acabe. Ela lembrou-me coisas que enxugaram as lágrimas que caíam livremente pela minha face. Ela partiu.
Queria sempre ter essa paz que ela me transmite.

Não posso camuflar na transparência das minhas palavras, a minha tristeza.
Mudar faz bem.
Lavar a alma, limpar a mente e enxergar novos caminhos.

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